segunda-feira, 26 de outubro de 2009

Céu

Do céu faço meus dias, gosto deles azuis-claros e brancos, com muitas nuvens, fofas e leves...Mas tem chovido tanto.

terça-feira, 20 de outubro de 2009

Porto

Seus braços são curtos demais e não podem retribuir ao meu abraço,
mas você pode vir.
Eu sorrio e você pode confiar no meu sorriso,
mas pode ficar tranquilo, eu não espero que sorria de volta.
Eu não sou grande, mas me faço,
pra poder te receber depois de suas tempestades.
Você pode ir depois.
Eu só espero que venha, se precisar.
Não que fique.
Não precisa se explicar, eu sei.
Você é navio e parte.
Eu porto e espero.

sábado, 17 de outubro de 2009

As dores do amor romântico

Sou um parque
de diversão vazio.
Todas as minhas atrações,
luzes e emoções
estão desligados.
A roda-gigante range,
mesmo que estática,
quando venta muito.
Mas nada gira,
nenhum grito ecoa
da montanha-russa.
Não há sustos
no castelo-mal assombrado.
A cidade ao meu redor,
inteira, se esqueceu de mim:
eu, o parque sem fila,
sem riso, sem cor.
Mulher-conga foi embora.
Não tem algodão doce,
ou tem, armazenado,
esperando o plugue
de alguma chegada.
Aguardando o azul imenso
de céu de um olhar.

F. Y.

sexta-feira, 16 de outubro de 2009

16/10

Minha cabeça dói. É que eu preciso dormir mais.
Minha garganta também dói. De tanto tossir.
Já ouvi minhas músicas preferidas.
Já reli meus poemas e contos preferidos.
Andei por todos os cómodos da casa.
Fumaria um cigarro agora,
mas não tenho e sair pra comprar não é uma opção.
Aprendi que quando dá aquela vontade louca de morrer
é bom fingir-se de poeta.
Então finjo.
Finjo versos,
frases curtas assim,
sem grandes pretensões.
Escrevo
porque ainda nem é madrugada
e amanhã o dia vai amanhecer igual.
E eu ainda não vou saber o quer fazer comigo mesmo.

Minha cabeça vai explodir
e eu estou prestes a perder o foco.
Pelo menos já não quero mais morrer,
mas ainda não me acho indispensável.

quarta-feira, 14 de outubro de 2009

Caixinha de música

Coloquei meu amor, que também é seu, numa caixinha de música e o guardei no seu piscar de olhos, para que toda vez que você o olhasse estivesse sempre de olhos fechados e não o visse (e durante a noite, você que nunca dorme, ele te nina com musiquinhas).
Coloquei em você sem te avisar para que não fosse distraído e o esquecesse em algum lugar, assim como fez com o seu, que também era meu, e não mais achou.

terça-feira, 13 de outubro de 2009

Nunca tive um blog por nunca saber o que postar no primeiro post.
=(