sexta-feira, 16 de outubro de 2009

16/10

Minha cabeça dói. É que eu preciso dormir mais.
Minha garganta também dói. De tanto tossir.
Já ouvi minhas músicas preferidas.
Já reli meus poemas e contos preferidos.
Andei por todos os cómodos da casa.
Fumaria um cigarro agora,
mas não tenho e sair pra comprar não é uma opção.
Aprendi que quando dá aquela vontade louca de morrer
é bom fingir-se de poeta.
Então finjo.
Finjo versos,
frases curtas assim,
sem grandes pretensões.
Escrevo
porque ainda nem é madrugada
e amanhã o dia vai amanhecer igual.
E eu ainda não vou saber o quer fazer comigo mesmo.

Minha cabeça vai explodir
e eu estou prestes a perder o foco.
Pelo menos já não quero mais morrer,
mas ainda não me acho indispensável.

2 comentários:

  1. gostei demais deste "finjo versos"
    beijinho em tu

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  2. "o poeta é um fingidor
    finge tão completamente
    que chega a fingir que é dor
    a dor que deveras sente" (FP)

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